Disfunção Sexual Causada por Antidepressivos: Como Identificar e o Que Fazer
Entenda a Disfunção Sexual Relacionada ao Uso de Antidepressivos, Por Que Acontece e Quais São as Opções de Tratamento Mais Eficazes
O uso de antidepressivos é fundamental no tratamento da depressão, mas pode causar efeitos colaterais indesejados, especialmente na vida sexual. A disfunção sexual induzida por antidepressivos afeta milhares de pessoas e, muitas vezes, leva à interrupção precoce do tratamento por frustração ou constrangimento. Falar sobre o problema e conhecer as soluções é essencial para garantir um cuidado completo e humanizado.

O Que é Disfunção Sexual Induzida por Antidepressivos?
É uma condição em que o uso de certos antidepressivos interfere no desejo sexual, excitação, orgasmo ou função erétil, mesmo que a saúde física esteja preservada. Os efeitos podem surgir nas primeiras semanas de tratamento e se manter por todo o período de uso.
Quais Antidepressivos Mais Afetam a Função Sexual?
Os medicamentos mais associados à disfunção sexual são os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), como:
- Fluoxetina
- Sertralina
- Paroxetina
- Escitalopram

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Veja perfil completo, valores e horáriosOutros antidepressivos também podem causar esse efeito, mas os ISRS são os mais frequentemente envolvidos, por atuarem diretamente nos receptores de serotonina, que têm impacto na libido e no reflexo sexual.
Principais Sintomas da Disfunção Sexual
- Diminuição do desejo sexual
- Dificuldade para atingir o orgasmo
- Anorgasmia (ausência de orgasmo)
- Disfunção erétil
- Lubrificação vaginal reduzida
- Redução da sensibilidade genital
Esses sintomas podem ser transitórios, persistentes ou, em alguns casos raros, continuar mesmo após a suspensão do medicamento.
Por Que Isso Acontece?
A serotonina — neurotransmissor regulado por muitos antidepressivos — pode inibir áreas do cérebro envolvidas na resposta sexual. Além disso, os medicamentos podem alterar:
- Os níveis de dopamina (importante para prazer e motivação)
- A produção de hormônios sexuais
- A condução nervosa periférica relacionada ao prazer
Impactos Psicológicos e Relacionais
- Frustração e baixa autoestima
- Culpa ou vergonha
- Dificuldade de diálogo com o parceiro
- Comprometimento da adesão ao tratamento da depressão
- Isolamento emocional e piora do quadro depressivo
Por isso, é essencial que médicos e pacientes conversem abertamente sobre esses efeitos, evitando o abandono da medicação sem orientação.
Avanços e Alternativas no Tratamento
1. Mudança de antidepressivo
Medicamentos como bupropiona ou mirtazapina têm menor risco de disfunção sexual e podem ser boas alternativas.

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Especialista em atendimentos online
Veja perfil completo, valores e horários2. Terapia combinada
Em alguns casos, é possível associar bupropiona ou tadalafila ao antidepressivo original, reduzindo os efeitos negativos sobre a função sexual.
3. Técnicas não farmacológicas
- Psicoterapia focada em sexualidade
- Treinamento de atenção plena (mindfulness sexual)
- Comunicação aberta com o parceiro
- Atividade física regular
4. Uso de fármacos de apoio
Medicamentos como inibidores da fosfodiesterase (ex.: sildenafil) podem ser indicados para tratar disfunção erétil associada ao uso de antidepressivos.
Quando Procurar Ajuda?
- Se os sintomas sexuais persistirem após algumas semanas de tratamento
- Se houver queda no desejo sexual impactando o relacionamento
- Antes de tomar qualquer decisão sobre parar o medicamento
- Ao perceber piora do quadro depressivo associada à insatisfação sexual
A avaliação deve ser feita por médico psiquiatra ou urologista/ginecologista, com apoio de psicólogos, se necessário.
Conclusão
A disfunção sexual causada por antidepressivos é comum, mas não precisa ser um obstáculo permanente. Com o avanço da medicina, é possível ajustar o tratamento e preservar a qualidade de vida sexual e emocional. O mais importante é buscar orientação profissional e não interromper a medicação sem acompanhamento.
Olá, me chamo Manoel. Além de ser formado em Psiquiatria e Psicologia tenho um compromisso constante com a atualização e precisão do conhecimento. Minha abordagem profissional é fundamentada em um rigoroso processo de pesquisa e validação de informações, utilizando fontes conceituadas e internacionais para garantir que o conteúdo que compartilho seja tanto relevante quanto baseado em evidências.
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