Antipsicóticos de Segunda Geração: Entenda os Efeitos Adversos Mais Comuns
Riscos, Sintomas e Estratégias para Reduzir os Efeitos Colaterais dos Antipsicóticos Atípicos
Os antipsicóticos de segunda geração, também chamados de antipsicóticos atípicos, revolucionaram o tratamento de esquizofrenia, transtorno bipolar e outros distúrbios psiquiátricos. Eles são preferidos por causarem menos efeitos motores em comparação com os antipsicóticos clássicos. No entanto, seu uso também está associado a efeitos adversos significativos, especialmente metabólicos, hormonais e neurológicos.

O Que São Antipsicóticos de Segunda Geração?
São medicamentos que atuam principalmente nos receptores de dopamina (D2) e serotonina (5-HT2A), com perfil mais equilibrado que os de primeira geração. Exemplos comuns incluem:
- Risperidona
- Olanzapina
- Quetiapina
- Aripiprazol
- Clozapina
- Ziprasidona
- Lurasidona
São amplamente utilizados para tratar sintomas psicóticos, delírios, alucinações e agitação.
Principais Efeitos Adversos dos Antipsicóticos Atípicos
1. Ganho de peso e síndrome metabólica
- Aumento do apetite e acúmulo de gordura abdominal
- Alterações no colesterol e triglicérides
- Resistência à insulina e risco de diabetes tipo 2
Olanzapina e clozapina são os mais associados a esse efeito.
2. Sedação excessiva
- Sono profundo ou prolongado
- Diminuição da energia e da produtividade
Mais comum com quetiapina e clozapina.
3. Sintomas extrapiramidais (SEP)
- Rigidez muscular, tremores, acatisia (agitação interna)
- Embora mais raros que nos antipsicóticos típicos, ainda podem ocorrer, especialmente com risperidona em altas doses.
4. Aumento da prolactina (hiperprolactinemia)
- Disfunções menstruais, ginecomastia, disfunção sexual e infertilidade
Comum com risperidona e amisulprida.
5. Risco cardiovascular
- Alterações no intervalo QT no eletrocardiograma, podendo levar a arritmias
Requer monitoramento com ziprasidona ou quetiapina.
6. Constipação grave e efeitos anticolinérgicos
- Boca seca, retenção urinária, visão turva
Mais intensos com clozapina e olanzapina.
7. Efeitos cognitivos e emocionais
- Dificuldade de concentração
- Redução do afeto e da motivação
Alguns pacientes relatam “embotamento emocional”.
Riscos Específicos da Clozapina

Agende agora sua terapia online com um psicólogo
Psicóloga Ana Paula de Moraes
Especialista em atendimentos online
Veja perfil completo, valores e horáriosEmbora altamente eficaz para casos de esquizofrenia resistente, a clozapina exige atenção especial por:
- Agranulocitose (redução perigosa de glóbulos brancos)
- Convulsões em doses altas
- Miocardite (inflamação do músculo cardíaco)
- Monitoramento regular de hemograma é obrigatório.
Fatores que Influenciam a Gravidade dos Efeitos
- Dose e tempo de uso
- Genética e metabolismo individual
- Idade e presença de doenças associadas
- Uso simultâneo de outros medicamentos
A resposta e os efeitos adversos variam amplamente entre os pacientes.
Avanços no Manejo dos Efeitos Adversos
1. Monitoramento metabólico regular
Inclui avaliação de IMC, glicemia, colesterol e pressão arterial desde o início do tratamento.
2. Ajustes de dose e troca de antipsicótico
Optar por medicamentos com perfil metabólico mais leve, como aripiprazol ou lurasidona, pode reduzir efeitos indesejados.
3. Terapias combinadas
A associação com medicações anticolinérgicas, hipolipemiantes, estabilizadores de humor ou medidas não farmacológicas pode ajudar.

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Especialista em atendimentos online
Veja perfil completo, valores e horários4. Intervenções no estilo de vida
- Alimentação saudável
- Atividade física regular
- Redução do tabaco e álcool
Essas medidas auxiliam no controle do ganho de peso e da glicemia.
5. Farmacogenética
Novas abordagens com base no perfil genético do paciente permitem prever risco de efeitos adversos e ajustar a medicação.
Conclusão
Os antipsicóticos de segunda geração representam um grande avanço no tratamento dos transtornos mentais graves. No entanto, seus efeitos adversos exigem monitoramento constante e intervenções clínicas adequadas. A escolha do medicamento deve considerar eficácia, tolerabilidade e impacto na qualidade de vida do paciente. Com acompanhamento correto, é possível maximizar os benefícios e minimizar os riscos dessas medicações.
Olá, me chamo Manoel. Além de ser formado em Psiquiatria e Psicologia tenho um compromisso constante com a atualização e precisão do conhecimento. Minha abordagem profissional é fundamentada em um rigoroso processo de pesquisa e validação de informações, utilizando fontes conceituadas e internacionais para garantir que o conteúdo que compartilho seja tanto relevante quanto baseado em evidências.
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